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sábado, 19 de dezembro de 2009

Liberdade Eterna


Meu coração batia frenéticamente. A adrenalina e a alegria corriam em minhas veias. O álcool deixava-me mais disinibida que o normal. Eu dançava ao som alto, puxando meu vestido já curto.
Um homem se aproximou. Ele não era muito bonito. Era muito magro, quase disnutrido. Mal chegava à altura de meus ombros, além de esquelético era baixinho. Seu nariz era mais elevado que o normal e ele era meio vesgo. Ele dançava estranho, meio desajeitado, com a língua de fora, como se fosse grande demais para caber em sua boca pequenina. Ele tentou me engatar, como estava bêbada, permiti que a criança fosse feliz.
Após duas danças desajeitadas, ele me chamou para um drink. Fomos até o bar, ele pediu duas cervejas.
- Então, qual é o seu nome? - perguntou-me.
- Geovana Fagundez. - disse-lhe - E o seu?
- Nícollas Stampatex. - desatei a rir - Qual é a graça? - ele arregalou os olhos, sua vesguisse fez-me rir mais.
- Stampatex? - disse ao me acalmar - Que sobrenome é este?
- O meu. - ele sorriu, percebi que seus dentes eram tortos e tinha algo verde e nojento no meio deles.
estava tão bêbada que, com a paisagem repugnante, coloquei os bofes para fora. Quando terminei, olhei para ele, envergonhada.
- Desculpe. - disse.
- Espere, - ele disse - tem uma sujeirinha no canto da sua boca. - senti o leve gosto de vômito e o enjôo retornou - Deixe que eu limpo.
Ele se aproximou e me beijou. Babava tanto que parecia que eu estava me afogando. Senti meu estômago fraco se revirar. Vomitei. Sim, vomitei dentro da boca dele se é isso que está se perguntando.
Ele logo se afastou, olhando-me com repulsa.
- Desculpe! - eu disse, segurando o riso.
- Comeu presunto hoje? - perguntou-me, bravo.
- Sim, por quê? - eu estava confusa.
- Sou alérgico a presunto!
Ele colocou as mãos em volta do pescoço, como se fosse sufocar. Começou a ficar vermelho e, logo, estava roxo. Corri até ele e dei um tapa em suas costas magricelas. Pensei que ele fosse quebrar.
Nícollas cuspiu um pedaço de presunto. Então, ele sorriu.
- Salvou minha vida! - disse ele, sorrindo - Nunca mais vou dexá-la.
Franzi o cenho. Eu não precisava de um idiota babando por mim. Peguei a garrafa de cerveja, ainda fechada, que estava sobre o balcão.
- Liberdade Eteeeeerrnaaaaaa!!!! - gritei.
Bati com força a garrafa em sua cabeça de bola de golfe. Ele caiu, encharcado de cerveja, sem vida ao chão.
Comecei a rir descontroladamente.
Liberdade Eterna.



By Bel Tesourinha!